APRESENTAÇÃO

O Desafio do Vaqueiro é um evento especial que consistirá em quatro eventos – trabalho de rebanho (herd work-apartação), Steer Stopping (Laço), trabalho de rédeas, trabalho de cerca (cow work) e está aberto a todas as raças, desde que o animal seja sênior (cavalos de 6 anos hípicos – geração 2015 ou anteriores). Os expositores poderão apresentar apenas dois cavalos.

As regras são norteadas pelo Regulamento da Associação Brasileira do Quarto de Milha (ABQM), disponível em seu site.

PARTICIPAÇÃO

O desafio é aberto para todos os vaqueiros nacionais e internacionais, onde os mesmos devem ser estar ativos como sócios ativos na associação da respectiva raça de animal que forem apresentar, assim como ser sócio ativo da Associação Nacional de Working Cow Horse. Os vaqueiros podem optar pelo desafio completo, ou por parte dele, escolhendo a modalidade que irá apresentar.

Os vaqueiros devem usar chapéu Western, manga comprida, camisas com golas e botões ou fechos de cima a baixo na parte da frente da camisa. Camisetas sem mangas, camisetas, ou qualquer outro tipo de camisetas não são permitidas. Blusas ou suéteres podem ser usados sobre a camisa. Mangas compridas devem estar abotoadas nos punhos. Capacetes de segurança são admissíveis no lugar de chapéu Western, mas devem ter a aprovação prévia do organizador do evento.

SUBSTITUIÇÃO

Nenhuma mudança (substituição) para uma combinação cavalo/cavaleiro é permitida uma vez que a primeira passada tenha ocorrido, no entanto, antes que a primeira passada tenha ocorrido, uma substituição de cavalo pode ocorrer.

Os seguintes itens devem ser enviados ao escritório da ANCH até o meio-dia do dia anterior ao início do evento:

  • Um certificado ou declaração veterinária informando por que o cavalo inscrito não poderá trabalhar;

  • Uma taxa de substituição de 10% do total da taxa de inscrição paga até o momento será cobrada pela substituição.

A substituição do cavaleiro só será permitida desde que seja feita um dia antes da prova. E, a troca será permitida desde que por outro competidor já esteja participando do evento e também esteja em dia com as associações organizadoras.

  • As substituições que não fornecerem os itens listados acima serão consideradas uma inscrição inapta.

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DESEMPATE

Em caso de igualdade de pontos no somatório final das notas dos desafios, para o título de campeão, será quem terminar com melhor nota na apresentação de Cow Work.

EQUIPAMENTO

Todos os cavalos devem ser inspecionados, e devem apresentar o mesmo freio em todas as fases. Deve ser utilizada a cabeçada tradicional com Romal. A mão deve estar ao redor das rédeas em posição de punho com o polegar para cima e sem dedos entre as rédeas. Somente no trabalho de rebanho, o romal podem ser seguradas com uma mão.

Ressalta-se que, para a utilização do romal, não é permitido nenhum dedo entre as rédeas. A mão que estiver livre poderá segurar o romal, desde que se mantenha a distância mínima de 45 (quarenta e cinco) centímetros da mão da rédea de comando, e em posição relaxada. O uso da mão livre enquanto estiver segurando o romal, para alterar a tensão ou comprimento das rédeas, é considerado como uso de duas mãos.

O uso de Romal é obrigatório, exceto no Steer Stopping, que fica a critério do competidor em utilizar romal ou rédea fechada.

O prolongamento da rédea californiana (romal) não deve ser usado à frente da barrigueira, seja para sinalizar ou incitar o animal de alguma forma. Qualquer infração a essa regra será severamente punida pelo jurado.

Durante todo o concurso deve ser usado o mesmo freio e será documentado no final de cada apresentação na área de inspeção.

Freio deve ser fixo com rolete com barbela de couro, diâmetro mínimo, em qualquer parte da barra do bocal, é de 5/16 polegadas aproximadamente 0,8 mm.

As barras devem ser arredondas e lisas e partes metálicas não encapadas. Envoltório de látex ou qualquer outro material estranho não é aceitável. Nada pode sobressair abaixo do bocal (barra), como extensões ou pontas. A liberação opcional da lingueta, sendo que não deve exceder 3 polegadas de largura.

Nenhum fio, corrente ou outro dispositivo de metal pode ser usado em conjunto com a barbela de couro. A barbela de couro deve ser plana, flexível e com pelo menos 1/2 polegada de largura. Nenhum rebite de metal é permitido entrar em contato com o queixo ou sulco do queixo do cavalo. Os detentores de metal não são aceitáveis na barbela.

É proibido o uso de cabresto, martingale, fechador de boca ou qualquer outro tipo de equipamento ou artificio que tenha função de fechador de boca, uso de bocal ou cabresto em conjunto e sob a cabeçada.

Para cada modalidade que compõem o desafio do Vaqueiro serão seguidos os regulamentos ABQM e AQHA, porém o desafio é aberto para todas raças, sendo assim segue as regras e particularidades de cada modalidade:

Herd Work Inovamax – Apartação

Regra (1) – É exigido que o cavalo entre profundo no rebanho, suficientemente para mostrar sua habilidade para apartar. Uma entrada profunda no rebanho é suficiente para satisfazer a regra. Falha em cumprir essa regra resultará em penalidade de 3 (três) pontos.

Deve ser dado crédito ao cavalo pela sua habilidade de entrar no rebanho calmamente, sem perturbar o rebanho ou o boi que está sendo apartado.

Regra (2) – Quando um boi é apartado do resto do rebanho, é desejável que seja levado para o centro da arena – este apartador deve receber crédito. Crédito adicional será dado ao cavalo que conduz o boi a uma distância suficiente do rebanho para garantir que o rebanho não será perturbado e quando o apartador estiver trabalhando, mostrando assim a sua capacidade de conduzir um boi.

JUDGING RULES

Regra (3) – Crédito será dado ao apartador que mantém posição e controle sobre o boi, o mais próximo do centro da arena possível.

Regra (4) – Se o cavalo ou cavaleiro criar distúrbio em qualquer momento, durante o período de trabalho (2 1/2 minutos), ele será penalizado:

a) Qualquer ruído dirigido pelo competidor ao rebanho será penalizado 1 (um) ponto.

b) Cada vez que o cavalo correr para dentro do rebanho, espalhar o rebanho enquanto trabalhando, ou que algum boi deixar o rebanho e entrar na área de trabalho por culpa do cavalo, ele será penalizado com 3 (três) pontos. O boi inteiro deve entrar na área de trabalho do cavalo.

c) O jurado deve parar qualquer trabalho por causa de treinamento ou abuso do cavalo pelo competidor ou perturbação do gado. Qualquer competidor que não parar imediatamente, será multado.

Regra (5) – O cavalo será penalizado com 3 (três) pontos cada vez que a cerca de fundo fizer o animal que está sendo trabalhado parar ou virar a uma distância de 1 (um) metro da cerca; a cerca de fundo a ser considerada é definida pelo jurado ou juízes antes da competição começar. O que vale é a cerca propriamente dita, e não uma linha de ponto a ponto a ser considerada. Se algum competidor fizer qualquer objeção antes do início da competição, o jurado ou juízes deverão fazer uma votação entre os competidores e uma cerca de fundo aceitável pela maioria deverá ser designada e usada.

Regra (6) – Quando o cavalo se virar de costas, com a cauda direcionada (“vira o rabo”) para o boi que ele está apartando, é dada uma nota automática de 60 pontos.

Regra (7) – Durante o trabalho, o cavalo não será penalizado cada vez que as rédeas forem utilizadas para controlar, dirigir ou corrigir o cavalo, independentemente de as rédeas estarem ou não seguras altas ou baixas.

a) O cavaleiro deve segurar as rédeas em uma mão. Uma penalidade de 3 (três) pontos será dada se a segunda mão tocar as rédeas para qualquer fim.

b) Esporear ou tocar com a bota atrás da paleta não deve ser considerado um sinal. Uma penalidade de 3 (três) pontos deve ser dada cada vez que o cavalo é tocado na paleta.

c) Ponta da bota, pé ou estribo na paleta do cavalo é considerado um sinal visível.

Uma penalidade de 1(um) ponto será marcada para cada ocorrência.

Regra (8) – Se o cavaleiro perder o boi depois de se comprometer com ele, uma penalidade de 5 (cinco) pontos será aplicada.

Regra (9) – Se o cavaleiro trocar de boi, após visivelmente comprometer – se com um boi específico, uma penalidade de 5 (cinco) pontos será aplicada.

Regra (10) – Quando o cavalo perde vantagem de trabalho, perde pequena vantagem ou está trabalhando fora de posição, ele será penalizado (a) ½ ponto,

(A) 1 ponto, ou (F) do ponto 1.

Definição de Termos:

    • Perda de vantagem de trabalho é definido como: Quando o cavalo passa por um boi e quando isso ocorre ele perde a posição correta para manter o controle do boi. Penalidades (A) ou (a).

    • Uma pequena perda é definida como: A resposta do cavalo para a ação do boi que está sendo trabalhado, o que resulta em uma perda de vantagem trabalhando ou estando fora de posição. Penalidades (A) ou (a).

    • Trabalhando fora de posição é definido como: A posição do cavalo em relação ao boi que está sendo trabalhado, sendo a movimentação do cavalo consistentemente curta ou demasiado longa, em relação ao movimento do boi (F).

 

RULES

Regra (11) – Violência desnecessária, cavalo que efetivamente manotea, morde ou escoicea o boi, será penalizado com 3 (três) pontos.

Regra (12) – O competidor pode desligar-se do boi quando este estiver claramente parado, claramente virado de costas ou estiver obviamente atrás dos cavalos dos rebatedores e estes estiverem atrás da linha de tempo. Uma penalidade de 3 (três) pontos deve ser marcada se o apartador se desligar do boi em quaisquer outras circunstâncias.

Regra (13) – Se o cavalo desligar do boi, uma penalidade de 5 (cinco) pontos será aplicada.

Regra (14) – Se o cavalo deixar o rebanho com 1(um) ou mais bois e não conseguir apartar um único boi antes de desligar-se, uma penalidade de 5 (cinco) pontos deve ser aplicada. Não há nenhuma penalidade se o tempo expirar (“morrer no rebanho”).

A cauda do cavalo que estiver competindo não pode ser amarrada de forma que possa restringir seu movimento. Toda vez que um competidor for culpado por infringir essa regra ou qualquer parte dela, ele será desclassificado.

Todos os cavalos devem cumprir com a regra enquanto na arena

a) Qualquer pessoa montada a cavalo na arena (dentro e fora do área de trabalho), após o início de um evento deve usar traje Western, incluindo chapéu.

Regra (15) – Quando o competidor é derrubado pelo cavalo ou cai no solo, ou o cavalo cai no solo, a prova deve ser encerrada e nenhuma pontuação (0) será dada.

Regra (16) – Qualquer competidor que permita a seu cavalo parar de trabalhar, ou deixar a área de trabalho antes tempo regulamentar, ou se recusa a trabalhar, será desclassificado, sem pontuação

Se o cronômetro não foi acionado, uma nova oportunidade deve ser dada automaticamente.

Se menos de 2 ½ minutos for cronometrado: O competidor só terá nova oportunidade, se não tiver cometido penalidade de 5 (cinco) pontos antes do primeiro toque da campainha.

Nova oportunidade (ou prova): O competidor deve pedir ao jurado ou jurados para uma nova oportunidade (ou prova) antes do próximo cavalo cruzar a linha de tempo.

Se mais de 2 ½ minutos for cronometrado ou nenhum tempo for marcado: Uma nova oportunidade (ou prova) será concedida, mesmo se uma penalidade maior (5 pontos) ocorreu. O competidor deve fazer outra apresentação.

Obs.: Nota importante para secretários e cronometristas:

Somente o jurado (s) tem o direito de terminar um trabalho antes dos 2 ½ minutos regulamentares. O secretário ou cronometristas avisará o jurado (s) imediatamente se o cronômetro não tiver funcionando ou quebrado.

Regra (17) – O jurado marca de 60 (sessenta) a 80 (oitenta) pontos. Os ½ (meios) pontos são permitidos.

Regra (18) Quando o jurado está em dúvida sobre uma penalidade, o benefício sempre vai para o competidor.

Créditos – Situações para dar crédito:

a) Entrar no rebanho calmamente, sem perturbar o rebanho ou o boi que está sendo apartado (Regra 1);

b) Levar boi para o centro da arena (Regra 2);

 c) Por conduzir o boi a uma distância suficiente do rebanho para garantir que o rebanho não será perturbado pelo trabalho do competidor (Regra 2);

d) Por conduzir o boi e manter em posição de trabalho o mais próximo do centro da pista quanto for possível (Regra 4).

 

 Penalidades Meio (1/2) Ponto

(a) Meia perda de posição.

Um (1) Ponto

(A) Perda de posição;

(B) Uso visível de sinais ou rédeas;

(C) Barulho dirigido ao gado;

(D) Bater ponta da bota, pé ou estribo na paleta do cavalo;

(E) Demorar para abaixar a mão da rédea;

(F) Trabalhar fora de posição;

(G) Posicionar a mão muito a frente;

Três (3) Pontos

(A) Parada quente;

(B) Distúrbio de rebanho;

(C) Usar segunda mão nas rédeas;

(D) Esporear na paleta do cavalo;

(E) Manotear ou morder o boi;

(F) Não fazer uma entrada profunda;

(G) Cerca de fundo;

Cinco (5) Pontos

(A) Cavalo desligar do boi;

(B) Perder o boi;

(C) Trocar de boi após ter se comprometido com um boi;

(D) Não conseguir separar um boi após ter saído do rebanho;

Nota 60 (sessenta) Cavalo virar a cauda (o rabo) para o boi.

 Desclassificação – Nota 0 (zero)

(A) Equipamento ilegal;

(B) Deixar a área de trabalho antes de o tempo terminar;

(C) Tratamento desumano com cavalo;

(D) Cavalo cair ao chão;

Nota: Regra de “Ouro” – Um jurado tem o dever de marcar todas as penalidades.

Se a penalidade ocorrer, marcá-la. Se o jurado perguntar a si mesmo: “Foi uma penalidade?”, o benefício vai para o apartador.

Provas de Apartação raramente são idênticas. Um jurado pode determinar a diferença entre as provas, seguindo essas diretrizes.

Steer Stopping (Laço)

O propósito do Steer Stopping é promover a oportunidade para que o cavalo seja julgado, demonstrando seu talento natural, habilidade, vontade e nível de treinamento que o torne adequado para eventos e competições. O cavalo será avaliado por meio de uma série de manobras individualmente julgadas que, quando combinadas, resultam em uma pontuação que melhor exemplifica a capacidade que o cavalo tem para permitir ao seu cavaleiro laçar e trabalhar uma rês de forma mais eficiente e eficaz.

        1. Os cavalos devem iniciar a prova dentro do box.
        2. Os cavalos devem partir atrás de uma barreira (uma barreira eletrônica
é permitida).
        3. Será julgado apenas o desempenho do cavalo, incluindo seu
comportamento atrás da barreira e em todas as outras manobras.
        4. O competidor não deve tentar laçar a rês até que a barreira desarme.
        5. Qualquer tentativa do concorrente em posicionar o cavalo atrás da
barreira, permitindo que ele jogue o laço antes de sair do box, deve
acarretar em desclassificação.
        6. Quebrar a barreira, bater no cavalo, puxar as rédeas, falar ou fazer
barulho, balançar o laço, tocar o cavalos com as mãos ou qualquer ação desnecessária para induzir o cavalo para um melhor desempenho será
considerado como falta e marcado conforme a intensidade.
        7. O jurado poderá, a seu critério, “dar uma nova rês” para permitir ao
competidor apresentar seu cavalo, nas seguintes situações:
       a) A rês não corre ou parar;
       b) Problemas no brete ou barreira;
       c) Se a rês parar ou voltar imediatamente após deixar o brete;
       d) Se rês escapar da arena.

 LAÇADAS LEGAIS

       1. As laçadas legais são: em volta dos dois chifres, meia-cabeça e no
pescoço.
       2. Figura oito, paleta, ou por um chifre são laçadas ilegais, não
importando se cerrou a laçada ou não.
       3. A laçada que segura o boi pela cauda é ilegal.

 LAÇADAS LEGAIS:

Sendo julgados ou não, os competidores devem fazer laçadas legais.

No steers stopping o competidor tem direito a jogar duas vezes a corda, o limite de tempo da prova é de 60 segundos, contados do tempo que o boi saiu do brete.

Quando os laços estão enrolados no pito da sela e o cavalo está de frente e com o boi esticado, a prova está concluída.

O laço deve estar enrolado em torno do pito da sela, pelo menos, uma volta completa antes de ser considerado enrolado.

Pontuação:

A pontuação será com base no 0 -100, com 70 indicando um desempenho médio. Cada manobra vai ser marcada a partir de mais três (+3) ou menos três (- 3), com variações de ½ em ½ ponto.

O cavalo de Cabeça será julgado em quatro manobras diferentes:

    1. Box e barreira;

    2. Controle de velocidade;

    3. Controlar o boi;

    4. Virar de frente.

      Penalidades:

       

      Penalidades de 2 pontos:

      • Congelar no box (recusando a se mover);

      • Pular a barreira;

      • Antecipar a parada;

      • Não ficar completamente de frente para o boi.

      Penalidades de 3 pontos:

      • Prova com 3 laçadas.

      Penalidades de 5 pontos:

      • Recusar a entrar no box;

      • Empinar no box;

      • Quebrar a barreira;

      • Trombar com o boi;

      •                     Desobediência óbvia (negar o comando), incluindo: manotear, morder, pular, empinar e recusar-se a trabalhar.

      Desclassificação (Pontuação 0):

      • Treinamento excessivo na pista;

      •                     Chicotear ou bater no cavalo com o laço;
      •                     Não completar a prova em 1 (um) minuto;
      •                     Perda da corda
      •                     Intimidação em excesso na pista;
      •                     Errar a laçada por 2 (duas) vezes;

 

As seguintes faltas devem ser marcadas de acordo com a gravidade que ocorrerem:

  • Puxões nas rédeas;

  • Tocar o cavalo com as mãos (tapas);

  • Puxões no laço ou qualquer ação desnecessária para melhorar o desempenho do cavalo;

  • Virar no box;

  • Virar a cabeça severamente;

  • Apoiar (“sentar”) no canto do box;

  • Trabalhar em posição incorreta;

  • Falta de controle de velocidade;

  • Falha em correr para alcançar o boi;

  • Cavalo passar (ultrapassar) pelo boi.

Prova de Rédeas

Rédeas é uma prova técnica designada a apresentar a habilidade atlética de um cavalo dentro de uma arena. Na modalidade de Rédeas é exigido aos

competidores que se apresentem em um dos vários percursos aprovados. Cada percurso inclui: círculos pequenos e lentos, círculos grandes e rápidos, trocas de mãos, uma série de spins de 360º no mesmo lugar e paradas que, são a marca registrada dos cavalos de Rédeas.

Controlar um cavalo não é apenas guiá-lo, mas também dominar cada um de seus movimentos. O melhor cavalo de Rédeas deve mostrar-se voluntariamente guiado ou controlado com pouca ou nenhuma resistência, aparentemente atendendo aos comandos por completo.

Qualquer movimento dele próprio deve ser considerado como falta de controle. Qualquer um dos 12 (doze) percursos de Rédeas aprovados pela AQHA devem ser usados e selecionados pelo jurado da categoria e usado por todos competidores da categoria. Cada competidor irá realizar o percurso individualmente e separadamente. Todos os cavalos serão julgados imediatamente, assim que entrarem na pista. Qualquer falta ocorrida antes do competidor iniciar o percurso, já será marcada de acordo com o regulamento. Qualquer movimento dele próprio deve ser considerado como falta de controle.

Todos os desvios do percurso, descritos, devem ser considerados falta ou perda de controle temporário, e, dessa forma, deverão ser marcados como falta, de acordo com a severidade do desvio. Créditos serão dados por suavidade, sutileza, atitude, rapidez e autoridade na realização das várias manobras enquanto utilizar controle de velocidade.

Pontuação:

A pontuação será dada na base de 0 (zero) a infinito, sendo 70 (setenta) uma performance mediana. As manobras individuais serão julgadas incrementando ½ ponto da mais baixa de -1 ½ a mais alta +1 ½ com a pontuação de 0 denotando uma manobra correta com nenhum grau de dificuldade.

             As seguintes penalidades resultarão em desclassificação:

    1. – Abuso do animal na pista e/ou evidência que o ato de abuso tenha ocorrido antes ou durante a exibição do cavalo na competição;

    2. – Uso de equipamento ilegal, incluindo arame no freio, bosal ou barbela;

    3. – Uso de freio ilegal, bosal ou barbela de corrente não é aceitável;

    4.                – Uso de peiteiras de tacha, gamarra ou focinheira;

    5. – Uso de chicotes ou pingalins;

    6. – Uso de qualquer recurso que altere a movimentação normal da cauda;

    7. – Falha em não conduzir o cavalo e equipamento para o jurado da inspeção;

    8. – Desrespeito ou conduta ilícita do apresentador perante o público;

    9. – Rédeas fechadas não são permitidas, com exceção do uso romal;

    10. – O excesso de rédeas pode ser ajustado em qualquer lugar onde ao cavalo é permitido parar completamente durante o percurso; a mão livre do apresentador poderá ser usada para segurar o romal na forma normal;

       

As seguintes penalidades resultarão em nota 0 (zero):

      • Falha em completar o percurso como descrito;

      • Fazer as manobras em ordem contrária ao descrito no percurso;

      • Inclusão de manobras não especificadas, incluindo, mas não limitado a:

        • Recuar mais de 4 passos;

        • Virar mais de 90º graus;

        • Empacar ou recusar o comando, atrasando a conclusão do percurso;

        • Disparar ou falha de controle onde se torna impossível distinguir se o competidor está controlando o percurso;

        • Trotar em excesso em mais de meio círculo ou metade do comprimento da pista;

        • Espinar mais de ¼ de volta;

        • Queda do cavalo ou cavaleiro.

As seguintes penalidades resultarão em redução de 5 pontos:

        • Esporear na frente da barrigueira;

        • Uso de uma ou outra mão para instilar medo ou agradar;

        • Segurar na sela com qualquer uma das mãos;

        • Desobediência óbvia incluindo coice, mordida, pulo e empinada;

As seguintes penalidades resultarão em redução de 2 pontos:

    • Quebra de movimento;

    • Congelar nos spins;

    • Nos percursos que se entra ao galope, não estar galopando quando atingir a primeira marca da pista;

    • Se o cavalo não ultrapassar completamente a marca especificada antes de iniciar a posição de parada;

    • Iniciar ou executar círculo ou figura oito (8) na mão errada será julgado da seguinte maneira:

  • Cada vez que o cavalo estiver na mão errada, o jurado deverá penalizá-lo em 1 (um) ponto. A penalidade por estar na mão errada é acumulativa e o jurado irá deduzir 1(um) ponto a cada ¼ (um quarto) da circunferência do círculo ou qualquer parte onde o cavalo estiver na mão errada. O jurado deve penalizar em ½ (meio) ponto por troca de mão atrasada em um passo onde a troca é exigida, conforme descrição do percurso.

  • Reduzir ½ (meio) ponto por mais ou por menos 1/8 (um oitavo) na parada do spin. Reduzir 1 (um) ponto por mais ou por menos de ¼ (um quarto) na parada do spin;

  • Nos percursos, nos quais é determinado o contorno ao redor da extremidade da arena, deixar de estar na mão correta. O conjunto será penalizado da seguinte maneira: por ½ (meia) volta ou menos = 1(um) ponto; por mais de ½ (meia) volta = 2 (dois) pontos.

    Falhas a seguir, cometidas pelos cavaleiros, deverão ser analisadas individualmente, mas não deverão ser motivos de desclassificação:

  • Perder estribo;

  • Falha em fazer os círculos ou figura oito (8) dentro das marcas não é considerada uma falta dependendo do tamanho e condições da pista, porém, falha em não estar dentro da marca nas paradas é considerada uma falha;

Cow Work

Working Cow Horse é uma prova baseada nas técnicas tradicionais de treinamento dos ‘vaqueiros’ para cavalos de alto nível para trabalho com gado. O treinamento começa com bridão, progride para hackamore e, em seguida, para o freio.

Esse método de treinamento leva anos em vez de meses. É voltado para ajudar o cavalo a alcançar nível máximo de desempenho, a partir do trabalho no rancho para a arena de competição.

A pontuação no trabalho com boi deve basear-se no cavalo que mantém o controle do boi todo o tempo, exibindo cow sense superior e habilidade natural de trabalhar com boi sem uso excessivo de rédeas ou esporas.

Quanto maior a dificuldade da prova, mais crédito deve ser dado. A dificuldade pode ser devido à velocidade excessiva, dificuldade imposta, ou relutância do boi para correr na cerca quando conduzido pelo competidor. O trabalho com boi melhor controlado, com maior grau de dificuldade, deve receber pontuação mais alta.

O trabalho ideal com boi é aquele que o competidor, ao receber um boi na arena, trabalha este animal no final da arena tempo suficiente para demonstrar habilidade e controle do cavalo sobre o boi.

Depois de um período razoável de tempo, o competidor deve conduzir o boi ao longo da cerca, e completar ao menos uma volta em cada direção da cerca. O competidor deve, em seguida, conduzir o cavalo para uma parte mais

aberta (ou mais central) da arena e dirigir o boi para fazer pelo menos um círculo em cada direção.

O percurso exigido para o trabalho com boi é: fundo da pista (caixote ou ‘boxing’), trabalho na cerca e círculos, obrigatoriamente nessa ordem. É de responsabilidade do jurado controlar os currais e tratamento com o gado.

O jurado deve levar em consideração o tamanho da arena, a condição do piso da arena, assim como a índole e o grau de dificuldade apresentado pelo gado que estiver sendo trabalhado.

O cavalo deverá trabalhar o boi até que o jurado apite, determinando o final da apresentação ou prova. Se o apresentador desistir do trabalho com o boi antes de o jurado apitar, será dada pontuação zero (0).

Se o tempo e a quantidade de gado permitir, o jurado poderá, de acordo com seu entendimento, dar um ‘novo boi’ para possibilitar ao competidor a oportunidade de demonstrar a habilidade de seu cavalo em lidar com o boi, baseando-se nos seguintes critérios:

  1. O boi não quer, ou não pode correr;

  2. O boi recusa-se a sair do fundo da pista;

  3. O boi é cego, ou não respeita o cavalo;

  4. O boi escapa da arena.

A nota será dada com base numa escala que varia de 60 (sessenta) a 80 (oitenta) pontos; sendo que 70 (setenta) pontos denotará um desempenho médio.

As seguintes características do cavalo são consideradas faltas:

  1. Abrir a boca com exagero;

  2. Boca dura ou pesada;

  3. Balançar ou sacudir a cabeça;

  4. Forçar o freio dando puxões;

  5. Perder o boi ou não conseguir terminar o percurso da prova por causa de um boi ruim. O competidor deverá ser punido a critério do jurado.

As características de um bom cavalo de trabalho com gado são:

  1. Boas maneiras;

  2. Ser astuto, habilidoso e ter as pernas sempre bem apoiadas no solo (bom equilíbrio); ao esbarrar deve fazer com que os posteriores fiquem bem encaixados embaixo de si;

  3. Boca leve e deve ser receptivo a um leve comando de rédeas, especialmente nas curvas;

  4. Deve manter a cabeça em sua posição natural;

  5. Trabalhar em velocidade considerável e, mesmo assim, permanecer sob o domínio do cavaleiro.

As seguintes falhas resultarão em penalidade de 1 (um) ponto:

  1. Perda da vantagem do trabalho;

  2. Cavalos que ultrapassem o boi devem ser penalizados em um (1) ponto, para cada corpo que o cavalo passar do boi; essa medida deve ser tomada entre a cabeça do boi e o topo da cauda do cavalo. Quando a distância entre a cabeça do boi e o topo da cauda do cavalo é igual ao comprimento do cavalo, a penalidade de (1) um ponto deve ser marcada; para cada comprimento que o cavalo passar do boi, e para cada cavalo (cuja extensão do corpo está à frente do boi), quando a anca dele passar a cabeça do boi por onde fique uma parte do corpo, atrás;

  3. Falha em não passar a marca do centro da pista antes de fazer a primeira virada com o boi;

e) Toda vez que o competidor mudar de lado da arena para conseguir virar o boi;

  1. Utilizar o canto ou extremidade da pista para virar o boi quando estiver na cerca;

  2. Encurtar as rédeas;

  3. Bater no cavalo com a ponta do romal em excesso, esporear ou gritar excessivamente.

As seguintes falhas resultarão em penalidade de 2 (dois) pontos:

  1. Passar pela (marca do final da pista, última marca, marca de 2 pontos) lateral da pista antes de circular o boi quando voltar pela cerca.

  2. Quando virando o boi em ‘campo aberto’, não estar a, pelo menos, 1m (um metro) de distância da cerca do fundo da arena, antes de fazer a virada.

As seguintes falhas resultarão em penalidade de 3 (três) pontos:

  1. Morder ou colidir com o boi;

  2. Derrubar o boi sem ter vantagem de trabalho;

  3. Enganchar-se na cerca (recusar-se a virar);

  4. Exaurir ou trabalhar demais o boi antes de circundá-lo.

As seguintes falhas resultarão em penalidade de 5 (cinco) pontos:

  1. Não virar o boi 1 (uma) vez em cada sentido (direita e esquerda ou vice-versa) quando trabalhando na cerca; 5 (cinco) pontos para cada sentido;

  2. Uso intencional de esporas ou romal à frente da barrigueira;

  3. Desobediência óbvia.

As seguintes falhas resultarão em pontuação zero (0):

  1. Virar a cauda ou virar o rabo para o boi;

  2. Usar 2 (duas) mãos nas rédeas;

    d) Desobediência, recusar trabalhar;

  3. Fora de controle;

  4. Sangue dentro da boca do cavalo;

  5. Uso de equipamento ilegal;

  6. Deixar a pista antes que o percurso ou trabalho seja concluído;

  7. Queda do cavalo ou cavaleiro;

  8. Treinar ou corrigir o cavalo após ter entrado em percurso de trabalho com o boi;

j)Treinar ou corrigir o cavalo enquanto aguarda ‘novo boi’;

j) Se o competidor bate ou chuta o boi que está sendo trabalhado, ou bate com o romal de forma abusiva;

l) Não parar de trabalhar o boi quando outro boi for concedido ou dado.

*O jurado poderá apitar a qualquer tempo para terminar o trabalho; e pontuação zero (0) será marcada se o trabalho não for concluído até aquele ponto.

Obs.: Um toque de apito = final de prova. Dois toques de apito curtos = outro boi.